Fortaleza - Ceará

Jornal do Ceará
Um Estado com diferentes realidades. Dividido em oito macrorregiões, definidas pela lei n.º 12.896 de 1999, o Ceará é, dentro do próprio território, uma terra de contrastes.

Mais da metade da população (58%) mora no Interior. Entretanto, quase 67% dos empregos formais são gerados na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), que detém 42% dos habitantes do Estado.

A percepção da concentração de renda e investimentos se fortalece ainda quando se considera que 63% das riquezas produzidas no Ceará, medidas pelo Produto Interno Bruto (PIB), também são oriundas da RMF e os novos projetos não priorizam o Interior.

Ao mesmo tempo, as diferenças continuam, quando se compara o acesso da população a infra-estruturas básicas como o abastecimento de água e esgotamento sanitário.


Enquanto na área metropolitana da Capital, as coberturas de água e de esgoto atingem, respectivamente, índices de 90,4% e 40,2%; no Interior, como na macrorregião do Litoral Oeste, as proporções chegam, por sua vez, a menos de 50% e 10%. Já nas macrorregiões do Sertão dos Inhamuns e do Sertão Central, a cobertura de esgoto, por outro lado, resume-se a somente 4% dos domicílios.

Antes da deriva continental, a área onde Fortaleza surgiu era contígua à da cidade de Lagos, na Nigéria.[13] O atual litoral das duas cidades surgiu há 150 milhões de anos, no Jurássico Superior. A evolução geológica provocou o surgimento de grandes dunas no litoral do Brasil. Estudos indicam que os primeiros seres humanos a habitarem esse território podem ter chegado por lá na mesma época em que Jesus Cristo viveu.[14]

O povo indígena mais identificado com o território de Fortaleza é o Potiguara, retratado por José de Alencar em seu livro Iracema. Os Portiguara também habitaram as terras desse litoral e possivelmente outras tribos pertencentes ao tronco tupi. Antes da colonização do Ceará, houve duas passagens de europeus pelo atual litoral de Fortaleza.

Os navegadores espanhóis Vicente Yáñez Pinzón e Diego de Lepe desembarcaram nas costas cearenses antes da viagem de Pedro Álvares Cabral ao Brasil. Pinzón chegou a um cabo que se acredita ser o Mucuripe e Lepe desembarcou na barra do rio Ceará, em Fortaleza. Tais descobertas não puderam ser oficializadas devido ao Tratado de Tordesilhas (1494).

O início da ocupação do território onde hoje se encontra Fortaleza data do ano de 1603, quando o português Pero Coelho de Sousa aportou na foz do Rio Ceará. Naquelas margens ergueu o Fortim de São Tiago e deu ao povoado o nome de Nova Lisboa.

O português Martim Soares Moreno chegou em 1613, recuperando e ampliando o Fortim de São Tiago e rebatizando o novo forte de Fortim de São Sebastião.

Em 1637 houve a tomada holandesa do forte de São Sebastião. Em 1649 uma nova expedição holandesa no Ceará construiu, às margens do Riacho Pajeú, o Forte Schoonenborch, começando, nesse momento, a história de Fortaleza, sendo responsável por seu início o comandante holandês Matias Beck. Em 1654, com a retirada dos holandeses, o forte foi rebatizado de Forte de Nossa Senhora de Assunção. Em 1726 o povoado do forte foi elevado à condição de vila. Em 1799 a Capitania do Ceará foi desmembrada da Capitania de Pernambuco e Fortaleza escolhida capital.

Durante o Século XIX Fortaleza consolidou a liderança urbana no Ceará, fortalecida pelo surgimento da cultura do algodão. Com o aumento das navegações diretas com a Europa foi criada em 1812 a Alfândega de Fortaleza. Ainda em 1812, Antônio José da Silva Paulet construiu a Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção, no local do restante do Forte de Nossa Senhora da Assunção.

O Passeio Público foi planejado por Silva Paulet em 1820. Em 1824 a cidade se agitou com a os revolucionários da Confederação do Equador.

Entre os anos de 1846 e 1877 a cidade passou por um período de enriquecimento e melhoria das condições urbanísticas com a exportação do algodão, sendo executadas diversas obras, tais como a criação do Liceu do Ceará e o Farol do Mucuripe em 1845, Santa Casa de Misericórdia em 1861, Seminário da Prainha em 1864, sistema de abastecimento de água em 1866, Biblioteca Pública em 1867 e a Cadeia Pública em 1870.

Alguns anos depois teve início a construção da Estrada de Ferro de Baturité e do Porto de Fortaleza.

Nas décadas de 1870 e 1880 houve movimentos abolicionistas e republicanos que culminaram na libertação dos escravos no Ceará, em 25 de março de 1884. O movimento literário Padaria Espiritual, surgido em 1892, foi pioneiro na divulgação de ideias modernas na literatura no Brasil.

Outras entidades da época foram o Instituto do Ceará e a Academia Cearense de Letras respectivamente fundadas em 1887 e 1894.

No século XX Fortaleza passou por grandes mudanças urbanas, entre melhorias e o êxodo rural, e cresceu muito, chegando ao final da década de 1910 como a sétima cidade em população do Brasil. Em 1909 foi criado o DNOCS e Fortaleza o sedia até os dias de hoje. Em 1911 começaram as obras do primeiro sistema de esgoto da Capital, projetado por João Felipe, que começou a funcionar em 1927.

Entre 1943/1945 a Segunda Guerra Mundial entrou no contexto de Fortaleza, que sediou o Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia - SEMTA e duas bases americanas, a Base do Pici e a Base do Cocorote.

Em 1954 foi criada a primeira universidade na cidade, a UFC, e o Porto do Mucuripe foi inaugurado. Entre as décadas de 1950 e 1960 a cidade passou por um crescimento econômico que superou 100% e começou a ocupação de bairros mais distantes do centro.

Ao final dos anos 1970 começou a despontar como um polo industrial do Nordeste com a implantação do Distrito Industrial de Fortaleza.

Durante a abertura política após o Regime Militar o povo elegeu a primeira mulher prefeita do Ceará, Maria Luiza, e a primeira prefeitura comandada por um partido de esquerda.

 No final do século a administração do prefeito Juraci Magalhães realizou na cidade diversas mudanças estruturais, com a abertura de várias avenidas, uma grande reforma no hospital de primeiros socorros, Hospital IJF, espaços culturais e despontou como um dos principais destinos turísticos do Nordeste e do Brasil.

Em 2006 o PIB de Fortaleza foi de 22.537.716.000,00 de reais, com um aumento nominal relativo ao ano anterior de quase de 3 bilhões. No ano de 2004, de acordo com o IBGE, o PIB foi de 15.797.377.000 reais. Esse total representa 47,5% do PIB do Ceará e 0,89% do Brasil. Dentre as capitais do Nordeste, Fortaleza possui o segundo maior PIB, sendo superado apenas por Salvador.
O comércio diversificado é o maior gerador de riquezas da economia de Fortaleza.


A principal área de comércio continua sendo o Centro, reunindo o maior número de estabelecimentos.

A Avenida Monsenhor Tabosa é outro corredor comercial importante, próxima ao polo turístico da Praia de Iracema, bem como a Avenida Gomes de Matos no bairro Montese.

Ressalte-se ainda o grande crescimento econômico dos bairros da periferia de Fortaleza, como o bairro Montese, na Avenida Gomes de Matos, e do Bairro Bom Jardim, na Avenida Oscar Araripe.
O fato de esses bairros, antes residenciais, estarem virando bairros comerciais, deve-se ao fato de estarem muito longe do centro da cidade, que é o bairro com maior atividade comercial de Fortaleza.

Assim, a população desses bairros e adjacências consome localmente os produtos e serviços, fortalecendo a economia local e facilitando a descentralização da economia de Fortaleza. Grande parte do crescimento econômico desses bairros deve-se à criação de Associações de Moradores e Comerciantes, que fazem feiras locais, e Projetos sociais que visam mudar a cara dos bairros do Bom Jardim e Montese.




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5 comentários:

Luis Moreira Albuquerque disse...

muito linda essa cidade de Fortaleza parabéns obrigado

Luis Moreira Albuquerque disse...

Essa cidade é mais linda

Anônimo disse...

Essa cidade é muito linda nunca vie uma cidade tao linda como essa. Thaul thaul

Janiele disse...

Fortaleza é uma cidade bela

Anônimo disse...

Fortaleza é uma cidade maravilhosa.